Cinco testemunhas são ouvidas em primeira audiência do assassinato de funcionários de ferro-velho em Salvador
16/06/2025
(Foto: Reprodução) Suspeito de ser mandante do crime, dono do estabelecimento estava presente. Empresário se entregou na semana passada, porém foi liberado para responder em liberdade. Primeira audiência do caso do Ferro-velho é realizada em Salvador
Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, nesta segunda-feira (16), em Salvador, durante a primeira audiência do assassinato de Paulo Daniel Pereira e Matusalém Silva Muniz.
A sessão aconteceu sete meses depois do desaparecimento dos jovens, que saíram de casa para trabalhar como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá, também na capital baiana, e não voltaram mais. Apesar dos corpos ainda não terem sido encontrados, eles são dados como mortos pela Polícia Civil (PC).
O empresário Marcelo Batista da Silva, dono do ferro-velho, é suspeito de ser o mandante do crime, e o soldado da Polícia Militar (PM) Josué Xavier, é investigado por envolvimento nas mortes.
Jovens desapareceram após saírem para trabalhar na capital baiana
TV Bahia
Os dois estavam presentes na audiência, que foi realizada no Fórum Criminal de Salvador, localizado no bairro de Sussuarana. A sessão durou cerca de quatro horas. Depois dos depoimentos, os suspeitos deixaram o local.
Novas audiências devem acontecer em breve, para que os demais envolvidos sejam ouvidos.
Relembre o caso
Os jovens desapareceram no dia 4 de novembro de 2024. Logo depois, policiais e bombeiros militares fizeram buscas no ferro-velho onde eles trabalhavam e também em locais próximos, mas eles não foram encontrados.
No dia 27 de março deste ano, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o empresário e o soldado da Polícia Militar Josué Xavier Pereira pelos homicídios dos jovens.
Marcelo é dono do ferro-velho onde jovens trabalhavam
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Segundo o órgão, os crimes foram cometidos por motivo torpe, meio cruel, com recursos que dificultaram as defesas das vítimas e ocultação dos cadáveres.
Em 31 de março, a Justiça da Bahia acatou a denúncia do MP-BA, tornando réus Marcelo e Josué.
Marcelo estava foragido, mas se apresentou à Justiça na semana passada e recebeu liberdade provisória, com medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição de sair da cidade.
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Local onde os jovens trabalhavam em Salvador
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